quarta-feira, 9 de novembro de 2011

O Senhor Pouca Sorte



Há muito, muito tempo, naquela época em que os cães eram cabras e as cabras eram
cães, havia um senhor com muito pouca sorte.
Quando era pequeno e andava na escola, a sua cabra-cão cão-cabra comia-lhe sempre os trabalhos de casa, e agora que já era adulto continuava com pouca sorte: anda há dez anos à procura de emprego.
O senhor Pouca Sorte só tinha como herança uma casa de madeira e a velha Margarida, a cabra-cão cão-cabra. O resto foi tudo para o seu irmão, senhor Sorte.
Certo dia o senhor Pouca Sorte decidiu fazer uma visita surpresa ao irmão mas pelo caminho avariou a mota. Então voltou atrás para ir buscar a bicicleta mas... também se estragou.
- Tenho mesmo pouca sorte!
- Quem me dera ser como o meu irmão.
Dito e feito, poucos segundos depois estava sentado na poltrona do irmão, a jogar «wii».
- Uau, que sorte ele tem! Pois bem, agora tenho eu.
De repente, apareceu um senhor vestido de preto que lhe disse:
- Morreu alguém? – sempre que eu me vestia de preto é porque tinha morrido alguma galinha.
-Aprecio o seu sentido de humor, Senhor Sorte- disse o senhor de preto. E afastou-se; o senhor pouca Sorte seguiu-o e viu o senhor a abrir uma porta.
- É esta a sala de hoje, senhor
- Tenho de assinar esta papelada toda? - perguntou o senhor Pouca Sorte.
- Tem - respondeu o Senhor de preto.
E saiu da sala. Então o Senhor Sorte, coitado, viu-se aflito para encontrar a caneta que estava no bolso do casaco. E ainda tinha de atender chamadas de 5 em 5 minutos.
- Não! – gritou ele – Não quero esta vida.
Quando se deu conta, estava deitado na sua cama cheia de bicho da madeira.
- Que bom ser outra vez o senhor pouca Sorte – disse ele. E voltou a adormecer na sua cama cheia de bichos, com a sua cabra cão-cão cabra, deitada ao seu lado.
- Senhor Pouca Sorte para o resto da sua vida- dizia ele sempre que alguma coisa má lhe acontecia.
Texto elaborado por Beatriz Ramos (4º A)

Sem comentários:

Enviar um comentário