quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

O enigma do Pai Natal

A partir daquele dia, daquele terrível e inesquecível dia, o Natal nunca mais seria o mesmo para mim. Como é que podia ser verdade o que tinha ouvido o meu pai segredar à minha avó, dias antes das férias do Natal começarem?!
- Ela já não é nenhuma menina pequenina. Precisa de saber a verdade e aceitá-la. - disse ele, momentos antes de eu começar a descer as escadas.
Já não as desci. Ali fiquei, no topo delas, a ouvir aquela inacreditável conversa.
Quanto mais ouvia mais surpreendida ficava. Embora a minha avó Josette não estivesse de acordo com o meu pai Jorge, eu nunca pensei ouvir aquele tipo de conversa. Pensei para comigo: "Talvez fosse uma partida de Natal!"
De repente fez-se silêncio, esperei um pouco para ver se retomavam a conversa, mas passados alguns segundos percebi que naquele momento a conversa tinha terminado. Foi nessa altura que desci as escadas e fui para junto deles.
Como não sou de meias conversas fui ter com o meu pai e perguntei-lhe:
- Pai o que é que estavas a dizer à avó Josette?
O meu pai ficou vermelho como um tomate, pensou um bocado e depois desconversou e não respondeu à pergunta. 
"Não faz mal!" pensei eu, a partir de agora iria estar mais atenta a todas as conversas.
Não tardou muito a surgir nova oportunidade.
Certa noite, depois de todos jantarem, o meu pai mandou-me para a cama. Quando pensavam que estava a dormir, ouvi o meu pai dizer à minha avó:
- Mãe, eu preciso de ajuda para falar com a Maria! Preciso de lhe contar que este Natal não vai ter o que pediu ao Pai Natal porque não tenho dinheiro para isso.
- Filho, mas assim ela percebe que tu és o Pai Natal dela.
- É por isso que preciso da tua ajuda para lhe explicar o que é o Natal.
- Meu filho, quando eras pequeno, também eu e o teu pai tivemos o mesmo problema. Lembraste daquele Natal em que tu querias um carro telecomandado, mas o Pai Natal trouxe-te uma bola? Tu estranhaste, mas pouco tempo depois a bola tornou-se no teu brinquedo preferido. Podes sempre fazer o mesmo que nós fizemos contigo. Ofereces-lhe um modesto presente embrulhado num lindo papel cheio de amor e ternura e verás que ela o vai adorar.
Eu nem queria acreditar... Será que o Pai Natal afinal não existe? Que conversa tão estranha...
- Então eu estes anos todos estive enganada a pensar que o Pai Natal era um velhinho de barbas brancas que vinha num trenó puxado por renas, distribuindo os presentes às crianças na noite de Natal? - perguntei eu muito espantada assim que desci as escadas.
O meu pai ficou um pouco atrapalhado, pois não sabia como havia de começar a explicar-me a verdadeira história do Natal. Como ele não respondia, fiz outra pergunta:
- O teu avô não faleceu há muitos anos?!
E o meu pai respondeu com uma conversa muito estranha.
- Sim... Não...
Não passava disso. Então eu disse-lhe:
- Pai, eu já sou crescida para perceber as coisas como elas realmente são. Não vale a pena baralhares ainda mais a minha cabeça. Diz-me a verdade. Existe ou não o Pai Natal? Era o teu avô e agora és tu que te vestes com o fato do Pai Natal? És tu que lês a minha carta e compras os presentes que eu peço? - perguntei eu muito séria.
- Minha querida filha, às vezes a fantasia e a realidade confundem-se. Todas as crianças podem ter as suas imaginações e as suas dúvidas. Também eu tive e só mais tarde descobri o segredo: É preciso acreditar no Pai Natal! Seja quem for. Ou se acredita nele ou arriscamo-nos a passar o Natal sem presentes. Lembraste do Peter Pan? "Por cada pessoa que não acredita em fadas, morre uma fada." Não vais querer que o Pai Natal morra, pois não?!
- Não pai, ele ficará sempre no meu coração. - disse eu envergonhada.
- Não esqueças filha que, enquanto houver crianças, haverá sempre Pai Natal!


História  coletiva elaborada pelos alunos Tomás, 
Luisa, Ruben, Margarida, Daniela, Gonçalo, 
Henal e Robert (3.º A) com o apoio dos pais 

A girafa que comia estrelas

- Nasceu uma girafa! Venham ver! É tão engraçada! - gritaram os macacos do alto das árvores.
Lá em baixo, a mãe girafa, muito vaidosa, lambia a sua filha acabada de nascer. O pai franziu a testa e perguntou:
- É muito alta, a nossa filha, não achas?
E de facto, a pequena girafa tinha um pescoço muito comprido e umas pernas tão longas que em pouco tempo ficou a mais alta de todo o bando de girafas. Tanto cresceu que, certa noite, bateu com a cabeça no céu estrelado. Curiosa, deu uma pequena dentada numa estrela para ver a que sabia.
- Hum, não é doce, nem salgada, nem dura, nem mole... parece saber a flores molhadas... é bom!
Ilustração da Matilde (3.º A)
E comeu o resto da estrela. Na manhã seguinte, a pequena girafa parecia brilhar. A mãe preocupada, achou que podia estar doente.
- Comeste alguma coisa que te fez mal?
A pequena girafa, comprometida, não disse nada e só bebeu água durante todo o dia. À noite, quando todas as girafas estavam a dormir, voltou ao seu petisco e no outro dia estava ainda mais brilhante. A mãe disse que ia levá-la ao médico e o pai também estava com um ar muito sério. Para não os preocupar mais a pequena girafa contou o que tinha comido.
- E achas que fizeste bem? - perguntou o pai.
- Não sei... - respondeu ela envergonhada. - Não pensei nisso, só provei e achei que era bom.
- Minha filha, as estrelas estão no céu para iluminar a noite, para que os animais encontrem o seu caminho ou a sua comida. Se desaparecerem vai ser mau para todos. - disse a mãe.
- Tens de pensar nas coisas que fazes. - disse o pai. - Não podemos fazer só o que nos apetece, não é?
E a pequena girafa concordou. Daí em diante, passou a comer só as estrelas... refletidas na água, quando ia de noite beber ao lago.

Texto elaborado pelo Robert (3.º A) com o apoio da sua mãe

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

A loja dos brinquedos

Era uma vez uma linda loja de brinquedos onde tudo existia para crianças. O senhor João era o dono da loja, ele passava os dias a vender lindos brinquedos.


Todos os dias uma menina pobre parava em frente à montra da loja e ficava muito tempo ali parada a olhar para os brinquedos. As pessoas que ali passavam nem sequer olhavam para a menina pobre e triste.
Um dia o senhor João reparou que todos os dias estava ali aquela menina, então foi lá fora ter com ela e disse-lhe:
- Minha querida menina, entra cá dentro. Como te chamas?
- Eu chamo-me Sara.
- Sara, podes escolher o brinquedo que tu mais gostas.
E assim Sara escolheu uma linda boneca de pano e saiu da loja com um sorriso nos lábios.
O senhor João ficou muito contente por ver a menina feliz!

Texto e ilustração elaborados pela Nicole (3.º A) com o apoio da mãe

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

O livro que só queria ser lido

Era uma noite fria de inverno, lá fora o vento batia nas janelas da antiga biblioteca da cidade de Lisboa. Entre milhares de livros que descansavam nas enormes estantes um, porém, estava desesperado:
«Nunca mais é dia! Será que amanhã me levam? Tenho tanto para contar e estou ansioso!» - pensava o pequeno livro de histórias.
Mas o dia nasceu, a biblioteca abriu às 9 horas e fechou às 17 horas e o livro não saiu da estante. Então decidiu:
- Tenho de fazer alguma coisa!!!
Atirou-se para o chão.
No dia seguinte, a funcionária da biblioteca encontrou-o e como não sabia o seu lugar, colocou-o em cima da sua secretária para depois o arrumar.
Com a confusão, o livro foi parar ao saco de uns livros para dar ao menino Gabriel, que ficou muito feliz com o livro de histórias.
O nosso amigo livro ficou também feliz, afinal ele só queria ser lido!



Texto e ilustração elaborados pelo Rodrigo (3.º A), com o apoio da mãe 

Um grande susto

Era uma vez uma menina que vivia numa quinta. Na quinta havia ovelhas, vacas, pintainhos, porcos, um cão e um gato muito maroto que pregava partidas a todos os outros animais da quinta.
Ilustração da Sara (3.º A)
Queres que te conte algumas dessas partidas?
Um dia, enquanto as ovelhas pastavam, o gato entornou um balde de água gelada em cima delas. Elas ficaram a tremer de frio com a lã toda congelada.
Outro dia, o malvado do gato puxou a cauda às vacas que fugiram pelo prado fora.
Quando o cão ia a saborear a sua comida, encontrou a taça vazia. Os seus biscoitos preferidos tinham desaparecido! O gato ainda teve o descaramento de chamar a menina e dizer:
- Dona, o cão comeu os meus biscoitos em forma de peixe!
Como ela não sabia que o gato estava a mentir, deu-lhe mais comida.
Só quando os animais lhe fizeram queixas do terrível gato, é que percebeu que algo tinha de ser feito. Os animais e a menina estavam furiosos e fartos das partidas do gato. Então fizeram um plano para lhe dar uma lição e decidiram pregar-lhe um valente susto.
Enquanto o gato dormia, a menina e os outros animais taparam-se com um lençol branco e foram assim acordar o gato, que mal abriu os olhos e viu tantos fantasmas no seu quarto, desatou  a correr cheio de medo prometendo que nunca mais fazia partidas aos outros.

Texto elaborado pela Sara (3.ºA)

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

O país das pessoas tortas

Era uma vez um menino chamado Francisco que juntamente com a família decidiu ir passar férias para um país diferente, o país das pessoas tortas.
Por tanto ouvirem falar daquele lugar, ficaram com muita curiosidade em conhecer aquelas pessoas. Fizeram a viagem de barco e quando lá chegaram não notaram diferença nenhuma. O Francisco ficou triste, pois tinha imaginado as pessoas de mil e uma maneiras diferentes e os seus pais também não percebiam o porquê daquele nome.
Durante um passeio pelo parque, o Francisco viu um menino a andar de bicicleta e como a curiosidade apertava cada vez mais perguntou-lhe:
Ilustração realizada pelo Gonçalo (3.º A)
- Olá, como te chamas?
- Sou o Bernardo e tu?
- Sou o Francisco. Por que é que o teu país tem este nome?
- Tu fizeste a viagem de barco ou de avião?
- De barco. - respondeu o Francisco
O Bernardo achou graça e explicou ao amigo que há muito tempo atrás viveram ali uns gigantes que até eram muito simpáticos e ajudaram a construir grande parte do país. Mas como eram muito pesados, o país começou a entortar.
- Sabes Francisco, não são as pessoas que são tortas. Esse nome começou a surgir porque quem viaja de avião e olha para baixo é isso que parece, mas foi a terra que cedeu.
- Mas vocês não se importam que as outras pessoas pensem isso? - perguntou o Francisco
- Claro que não. Recebemos cá muita gente que nos visita e todos acham graça quando contamos a verdadeira história.
O Francisco ficou maravilhado com aquelas pessoas e foram as melhores férias de sempre.

Texto elaborado pelo Gonçalo (3.º A) com o apoio da sua mãe

A corrida de vassouras

No topo de uma grande montanha, que parecia tocar nas nuvens, existia uma velha casinha torta onde vivia uma jovem bruxa chamada Alturinhas. Deram-lhe este nome porque desde bebé que tinha medo das alturas e por isso não conseguia voar numa vassoura.
Será que esta bruxa era mesmo uma bruxa? Sim, mas até ao início desta história não conseguia superar o seu medo de voar. Assim, montava um cavalo em vez de uma vassoura. O cavalo chamava-se Cenourinhas, tinha um pêlo branquinho e macio e era o melhor amigo da bruxa Alturinhas porque desde potro que a conhecia. Era o único amigo que a compreendia verdadeiramente.
Num belo dia de outubro a Alturinhas recebeu um convite especial da maior corrida de bruxas. Ela ficou triste porque na corrida tinham de ser utilizadas vassouras, mas de repente encheu-se de coragem e decidiu arriscar porque queria muito participar na corrida e deixar de ter medo das alturas.
Entretanto lembrou-se que no fundo de uma gruta subterrânea estava escondida a vassoura mais veloz do mundo inteiro. Essa vassoura tinha um motor a jato e voava à velocidade da luz mas também tinha uns travões para parar numa emergência. Então, decidiu ir à procura da vassoura veloz com o seu amigo Cenourinhas.
Quando chegou à gruta subterrânea preparou uma poção mágica para poder respirar debaixo de água como um peixe. Assim que a bebeu cresceram-lhe umas guelras no pescoço, mergulhou para a água e foi encontrar a vassoura escondida num coral grande.
O grande dia da corrida chegou e Alturinhas estava muito nervosa. Já tinha praticado algumas vezes mas continuava com um pouco de medo de cair da vassoura. Às sete horas da tarde, no parque das corridas, todas as bruxas estavam preparadas para a partida. Quando a Alturinhas viu o Cenourinhas a apoiá-la sentiu-se corajosa e seguiu em frente.
No final da corrida, ela foi a grande vencedora mas acima de tudo fez uma aprendizagem: não desistir logo à primeira e tentar ultrapassar os seus medos!

História elaborada no coletivo pelos alunos do 3.º A com o apoio da professora

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Máquina do tempo


- Tu gostavas de ter uma máquina do tempo? Bem se queres ter uma liga já 660 100350! – disse a televisão (na verdade a televisão não fala).
O João todo maluco viu a televisão a dar o anúncio.
- Pai, podes dar aquela máquina…? Vá lá …!
- Chato.
-Vá lá…
- Não.
- Porquê?
- Vá, ganhaste…Eu ligo.
- Éééééé!!!
O pai estava a falar enquanto o filho esfrega as mãos.
- Chegou pai! A máquina chegou!
O filho (João) pegou na máquina e clicou num botão e começou a girar e foi parar ao tempo dos reis, depois ao tempo dos dinossauros e quando chegou a casa ficou aliviado por ter vida. E quando alguém vai a casa o João diz:
- Lê as instruções…- Com medo que a máquina transporte pessoas para outra era.


Texto elaborado por Guilherme Morais (4º A)>

Vou ter um irmãozinho


Vou ter um irmãozinho
Coisa que nunca tive
Tenho apenas uma irmã
Foi só ela que eu obtive

Vou ter um irmãozinho
Que não me vai chatear
Ao contrário da minha irmã
Que nem me deixava respirar

Vou ter um irmãozinho
A quem sopa eu vou dar.
Depois ele adormece
E começa a sonhar.

Texto elaborado por David Claisse (4º A)


Pirilampo sem luz


Fui passear de noite
e vi uma coisa a brilhar
eram os pirilampos
que estavam a brincar.

Mas muito longe deles
algo chorava baixinho
era um pirilampo
que estava muito sozinho

Cheguei-me ao pé dele
e perguntei-lhe assim:
- Como é que te chamas?
Mas ele nem olhou para mim.

Pedi aos outros pirilampos
para o irem lá chamar
então eles foram
e ele começoua brilhar!

Texto elaborado por Beatriz Ramos (4º A)


A visita de um extraterrestre


Certa noite de verão lá estava eu a olhar para o céu, quando vi uma luz cor de laranja
que parecia uma bola de fogo. Chamei os meus primos e eles, sem quererem acreditar, ficámos ali parados a olhar até que a luz começou a piscar parecia que nos fazia sinais.
Pegámos nas bicicletas e resolvemos segui-la. Parou mesmo no sitio onde nós
costumávamos ficar.
De repente no meio da bola laranja abriu-se uma porta, de lá apareceu uma coisa
estranha. Tinha três olhos, quatro braços, quatro pernas e com uma espécie de
antena na cabeça.
Ficámos espantados e curiosos mas ao mesmo tempo tremíamos de medo, não sabíamos o que fazer. Devia-mos ir embora? Ou perguntar como se chamava e de onde vinha? Até
que ele disse:
- Gugu dadá Plaranha.
Ficámos sem perceber mas logo atrás de nós apareceu a minha mãe com a minha prima bebé e ficámos de boca aberta quando ela lhe respondeu:
-Gugudada terra.
A minha prima percebia o extraterrestre. Através dela, ficámos a saber que Plaranha era o seu planeta, que o seu nome era Gondidaranha, que tinha 450 anos e que vinha muitas vezes visitar a Terra.
Nós éramos os seus extraterrestres e o Gondidaranha andava sempre a vigiar-nos, pois gostava de ver as nossas brincadeiras.
Ficámos muito contentes por termos amigos extraterrestres e, de lembrança, deixou-nos uma perna de aranha do seu Planeta.
Por fim despediu-se de nós e disse que voltaria no próximo verão. Para o ano lá estaremos nós a olhar para o céu.

Texto elaborado por Gonçalo Tinoco (4º A)



O Senhor Pouca Sorte



Há muito, muito tempo, naquela época em que os cães eram cabras e as cabras eram
cães, havia um senhor com muito pouca sorte.
Quando era pequeno e andava na escola, a sua cabra-cão cão-cabra comia-lhe sempre os trabalhos de casa, e agora que já era adulto continuava com pouca sorte: anda há dez anos à procura de emprego.
O senhor Pouca Sorte só tinha como herança uma casa de madeira e a velha Margarida, a cabra-cão cão-cabra. O resto foi tudo para o seu irmão, senhor Sorte.
Certo dia o senhor Pouca Sorte decidiu fazer uma visita surpresa ao irmão mas pelo caminho avariou a mota. Então voltou atrás para ir buscar a bicicleta mas... também se estragou.
- Tenho mesmo pouca sorte!
- Quem me dera ser como o meu irmão.
Dito e feito, poucos segundos depois estava sentado na poltrona do irmão, a jogar «wii».
- Uau, que sorte ele tem! Pois bem, agora tenho eu.
De repente, apareceu um senhor vestido de preto que lhe disse:
- Morreu alguém? – sempre que eu me vestia de preto é porque tinha morrido alguma galinha.
-Aprecio o seu sentido de humor, Senhor Sorte- disse o senhor de preto. E afastou-se; o senhor pouca Sorte seguiu-o e viu o senhor a abrir uma porta.
- É esta a sala de hoje, senhor
- Tenho de assinar esta papelada toda? - perguntou o senhor Pouca Sorte.
- Tem - respondeu o Senhor de preto.
E saiu da sala. Então o Senhor Sorte, coitado, viu-se aflito para encontrar a caneta que estava no bolso do casaco. E ainda tinha de atender chamadas de 5 em 5 minutos.
- Não! – gritou ele – Não quero esta vida.
Quando se deu conta, estava deitado na sua cama cheia de bicho da madeira.
- Que bom ser outra vez o senhor pouca Sorte – disse ele. E voltou a adormecer na sua cama cheia de bichos, com a sua cabra cão-cão cabra, deitada ao seu lado.
- Senhor Pouca Sorte para o resto da sua vida- dizia ele sempre que alguma coisa má lhe acontecia.
Texto elaborado por Beatriz Ramos (4º A)

A girafa que comia estrelas


A girafa que comia estrelas

Quando adormeci sonhei com uma girafa linda. Era tão
linda, elegante e muito alta. Tão alta que tocava o céu com a sua cabeça.
– Dona girafa, como são as estrelas vistas daí de cima? – perguntei eu.
– São lindas e muito brilhantes – respondeu a girafa.
– Quem me dera poder tocar-lhes…
Então a girafa comeu uma estrela. Depois, baixou-se até mim e abriu a boca
– Oh! Mas a estrela não está a brilhar! – disse-lhe eu.
– Pois não, – disse a girafa – elas só brilham no céu…
– Que pena, quem me dera lá chegar.
– Anda, sobe para o meu pescoço!
E, com um empurrão, a girafa colocou-me em cima dela e levou-me até junto das estrelas que eram lindas e brilhantes.
Caiu a noite e eu estava eufórica porque tinha tido um fim de semana muito divertido e com experiências novas. Quando me mandaram dormir não consegui. Então, deitei-me com a cabeça fora da tenda (estava a acampar) a admirar as estrelas. O céu estava todo estrelado.

Texto elaborado por Tatiana (4º A) com o apoio da mãe



As cores de outono


As cores de outono
são lindas de morrer
laranja ou vermelho
não consigo escolher.

As cores de outono
não são fáceis de contar
são tantas e mais tantas
que em cima delas eu vou andar.

As cores de outono
nelas vou tocar
verde ou amarelo
ajudam a respirar.

Texto elaborado por Duarte Almeida
(4.º A)


Por ti


Por ti
faço trancinhas até ao chão
com papoilas e tulipas
escrevo o teu nome no meu coração.

Por ti
vou até ao céu
buscar penas de pássaro
para enfeitar o teu chapéu.

Por ti
vou ao fundo do mar
para trazer uma estrela
para o teu cabelo enfeitar

Por ti, Mãe
faço o que for preciso
para que todos os dias
possa ver o teu sorriso.



Texto elaborado pela Joana (4.ºA), com o apoio da mãe

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

É bom ser amigo

Eu gosto de ser amigo,
gosto de fazer palhaçadas
para depois rirmos às gargalhadas,
por isso vem comigo!

Gosto de cantar e dançar contigo,
eu adoro companhia
Se eu não fosse teu amigo,
que infeliz eu seria.

Ter um amigo é muito valioso.
Há quem não tenha nenhum
e não saiba como é maravilhoso
ter, nem que seja, só um.

Sou teu amigo, pois então,
quando ris e quando choras.
Estou contigo, dá-me a mão
Conheço-te e sei que adoras.

Poesia elaborada pela Sara  (3.º A) com o apoio dos pais

O coração do Robô

Ilustração elaborada pela Matilde e Daniela (3.º A)
Era uma vez um Robô de lata, o seu sonho era ter um coração.
Este Robô foi criado por um menino que brincava muito com ele e o amava. O Robô pensava:
- De onde vem este sentimento?
Com o passar dos anos o menino foi crescendo e o Robô começou a ser esquecido, até que um dia um vizinho foi lá a casa e viu o Robô. Gostou tanto dele que o levou para sua casa.
Com pilhas novas o Robô começou a falar e contou que o seu sonho era ter um coração. No mesmo dia o menino comprou um coração feito de veludo vermelho e pendurou-o no peito do Robô. Naquela noite aconteceu um milagre, o coração começou a bater porque este Robô tinha muito amor para dar.
O menino e o Robô tornaram-se assim amigos inseparáveis. À medida que o menino ia crescendo, ia comprando peças novas para o Robô para terem a mesma idade e a mesma altura. E assim viveram felizes para sempre.


Texto elaborado pela Marta (3.º A), com o apoio dos pais

É bom ser amigo

Ser amigo é dar a mão
É dar o coração
É dar o nosso amor
Ilustração realizada pelo Tomás (3.º A)
com muito tenor.

E mesmo que ele esteja triste
E que não queira brincar
Para nós ele existe
E só temos de o alegrar

É bom ser amigo de alguém
em quem podemos confiar
É bom ter um amigo também
que nos possa ajudar

A amizade traz a paz
Um amigo tem magia
A amizade é capaz
de nos dar sabedoria.

Poema elaborado pelo Tomás (3.º A) com o apoio dos pais

sábado, 29 de outubro de 2011

A noite dos animais inventados

Era uma vez três amigos muito unidos que se chamavam Tubacão, Coepei e Girabalei. Eles tinham estes nomes curiosos porque eram o resultado de uma mistura de espécies, ou seja, o Tubacão era metade tubarão e metade cão, o Coepei era metade coelho e metade peixe, finalmente o Girabalei era metade girafa e metade baleia. Cada um deles tinha nascido de um pai e de uma mãe de espécies diferentes.

Ilustração elaborada pelo David e Ruben e pela Matilde,
Sara e Nicole (3.º A)
Certo dia eles combinaram com outros animais fazer uma festa de máscaras. No dia da festa os três amigos, sentados debaixo de uma árvore à fresca, assistiam deliciados à azáfama dos seus companheiros à procura da fantasia ideal para comparecer no baile dessa noite.
- Ainda bem que nós já estamos mascarados por natureza. - disseram em coro os três amigos, desatando depois a rir à gargalhada.

História elaborada pelo David (3.º A), com o apoio da sua mãe 

Monstros em minha casa

Pedro chegou à escola e à entrada encontrou a sua amiga Carla e disse-lhe:
- Estou de castigo outra vez, mas desta vez a culpa não foi minha!
- Então?
- Os meus pais acham que eu sou mentiroso.
- Porquê?
- Porque eu contei-lhes que o que me acordou hoje foi um barulho e que quando olhei vi que era um monstro verde com sete patas.
- Viste mesmo?
- Vi e quando acabar a escola vou para casa procurá-lo.
Quando o Pedro chegou a casa foi logo procurar e, para sua surpresa, só na sala encontrou três. Um era amarelo às pintas azuis, outro era parecido com um corneto de morango com antenas de formiga e o terceiro era às riscas cinzentas e pretas com o corpo de minhoca.
Ilustração elaborada pela Diana e Luisa e pelo Rodrigo e
Tomás (3.º A)
Na cozinha encontrou quatro. Um estava na máquina de lavar com os olhos a andar à volta e três gordos na despensa.
No quarto dos pais estava um a limpar o pó, na casa de banho um a fazer mergulho submarino na banheira com umas barbatanas que tinham luzes e no quarto dele não viu nenhum. 
Eram todos simpáticos, que pena não haver nenhum no quarto dele. Só à noite é que ficou contente quando viu a sair debaixo da secretária um monstro verde com sete patas que brilhava no escuro.
Os monstros pediram-lhe um segredo: Não contar nada aos pais. O Pedro concordou e no dia seguinte quando chegou à escola disse à sua amiga:
- Há monstros em minha casa. 

História elaborada pela Luisa (3.º A), com o apoio da sua mãe

sábado, 22 de outubro de 2011

O Menino Escritor

«Mas afinal, para que serve ser escritor?» 


Este foi o pensamento de João, a personagem principal da história "O Menino Escritor", história esta que temos vindo a ler durante o mês de outubro com a nossa professora.

Quando nos deparámos com este dilema do João, quisemos logo ajudá-lo. Assim, com o apoio dos nossos pais  surgiram textos muito interessantes e criativos sobre a importância e o papel dos escritores na nossa vida. Aqui ficam dois desses textos que foram apresentados a toda a turma. Esperamos, com estas mensagens, ajudar todos os Joões do mundo...


O escritor é uma pessoa que transporta os seus leitores para o mundo que ele cria. Possibilita entrar noutras realidades ou fantasias onde tudo é possível. Através da escrita podemos desenvolver o nosso intelecto, aumentar a nossa cultura e o nosso vocabulário. O escritor também serve para nos contar o que se passou em tempos idos ou matérias que desconhecemos.
Por tudo isto, e porque nem todos temos a capacidade de ser escritores, podemos dizer que ser escritor é ter a capacidade de transmitir conhecimentos aos outros.

Texto realizado pela Margarida (3.º A) com o apoio da sua mãe


Um escritor
é aquele que tem boas memórias
e tem de ser trabalhador
para escrever boas histórias.

Um escritor tem de saber observar
para depois descrever no seu caderno
o que começou a criar
no seu pensamento interno.

Um escritor escreve notícias
sobre a realidade ou sobre ficção.
Escreve textos ou poesias
mas precisa de muita imaginação.

Um escritor serve para informar,
serve para entreter
e também para encantar
quem os seus livros for ler.

Poesia elaborada  pela Sara (3.º A) com o apoio da sua mãe

sexta-feira, 17 de junho de 2011

O Tubarão na Banheira

    O Tubarão na Banheira, de David Machado e ilustrações de Paulo Galindro (que recebeu um Prémio na sua categoria), foi o livro que hoje a nossa professora nos leu quando estávamos aconchegados na manta das leituras. 
    Foi um momento muito divertido e de grande risada. Até a professora se fartou de rir! Não há dúvida de que um bom livro tem o prazer de nos proporcionar momentos de alegria e boa disposição!!! Além disso, esta história também nos ajudou a aumentar o nosso vocabulário graças às palavras que o narrador do texto ia focando quando mencionava "o meu caderno de palavras difíceis". Quando a professora as lia, imediatamente ia às últimas páginas do livro e explicava o seu significado através de um mini-dicionário que o autor achou interessante construir para os leitores.

Muito obrigado David Machado, muito obrigado Paulo Galindro pelo maravilhoso momento que nos proporcionaram!!! 

  

quinta-feira, 16 de junho de 2011

O pirilampo sem luz

Algo de estranho se passava no "Lago dos Cinquenta Pirilampos" que lá habitavam e que todas as noites iluminavam o lago. Apenas se contavam agora quarenta e nove luzinhas.
Estaria alguém doente?
Teria ido para outro lago?
Ilustração da Diana, Henal, Luisa, Marta e
Matilde (2.ºA), realizada com técnica de
recorte e colagem e pintura com lápis de cor,
marcadores e purpurinas
Ou simplesmente estaria com preguiça?
Quem seria?
Era o Luzy, o pirilampo mais brincalhão do grupo, que resolveu ficar a brincar com as suas amigas rãs e esqueceu-se de fazer a sua obrigação que consistia em iluminar o canavial onde dorme a família de sapos.
- Falta uma luz! Já sei, é o Luzy que voltou a esquecer-se! - disse o Edgar, que era o pirilampo mais velho.
- Alguém o chame à minha presença. Vai ouvir das boas, o malandrinho!
- Sim chefe! - respondeu o pirilampo que estava de sentinela.
- Com que então andas fugido! - disse Edgar.
- Desculpe senhor! - respondeu o Luzy - Prometo que não volta a acontecer!
- Pois, pois, se bem te conheço amanhã ou depois estamos a ter a mesma conversa de hoje. Vai lá dar luz que a noite ainda agora começou. - disse Edgar.
- É para já chefe! - respondeu o Luzy.
E lá foi ele para mais uma noite de trabalho.

História elaborada pela Marta (2.ºA) com o apoio do seu pai

O país das pessoas tortas

No país das pessoas tortas
Tudo salta, tudo ri
E lá nas suas hortas
Tudo aparece por ali.

Com um braço torto
Ou uma perna cruzada
Não deixam de fazer desporto
Numa manhã ensolarada.

E depois de alguma coisa comer
Para a barriga encher
Todos tortos vão a saltar
Para o trabalho acabar.

Neste país de pessoas diferentes
Onde reina a harmonia,
Todos vivem contentes
Seja noite, seja dia.

E assim toda a gente
Aprende uma lição:
Não é por se ser diferente
Que não se vive em união.

Poesia elaborada pelo Tomás (2.º A), com o apoio da sua mãe   

Ilustração do David, Gonçalo, Robert, Tomás
e Virgílio (2.ºA)

Helena de cabelos em pé

Helena era uma pessoa desajeitada e andava sempre despenteada, mas ela não se preocupava nada com isso.
Num belo dia, a Helena preparou-se para ir ao cabeleireiro do Sr. Augusto. Quando lá chegou disse ao Augusto que queria cortar o cabelo para que ficasse muito curto. Então foi sentar-se na cadeira para lavar o cabelo. Começaram a conversar muito animadamente e a Helena nem reparou que já estava na cadeira onde o Augusto lhe estava a fazer um penteado estranho. Ela tinha os cabelos todos espetados para cima e seguros com gel.
Ilustração da Daniela, Margarida, Nicole e Sara (2.º A),
realizada com técnica de recorte e colagem e
pintura a lápis de cor e marcadores
Sabem porquê?
Porque da última vez que a Helena esteve no cabeleireiro, o Augusto tinha-a avisado que devia ser mais cuidadosa com o seu cabelo e penteá-lo todos os dias. Ela não seguiu o conselho e o Augusto já estava farto de repetir sempre a mesma conversa. Foi por isso que ele lhe fez aquele penteado de cabelos em pé, para ela aprender!
Mas vamos lá voltar à nossa história...
Quando pagou e voltou para casa, Helena foi ver-se ao espelho e quando olhou ficou tão zangada que voltou, outra vez, ao cabeleireiro e perguntou ao senhor Augusto:
- Augusto quem é que fez isto ao meu cabelo?
- Fui eu!
- Porquê? - perguntou ela chateada.
O Augusto contou o que aconteceu e a Helena compreendeu que tinha de tratar bem do seu cabelo. Com a lição que o Augusto deu à Helena, ela aprendeu que devia tratar muito bem o seu cabelo. Assim o seu cabelo tornou-se mais elegante.

História elaborada pela Matilde (2.º A) com o apoio da sua mãe  

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Um jardim na prisão

Num belo dia de verão, cometi um crime e a polícia levou-me para a prisão. Estive lá durante dez longos anos.
A prisão, lugar escuro, triste e de má fama, escondia no seu interior o mais belo jardim que alguma vez vi!
O meu colega de cela chamava-se Zacarias, mas era conhecido por Pézinhos porque cheirava muito mal dos pés. Nós não falávamos muito, a única coisa que me disse foi que tinha sido preso por tentar roubar uma Barbie!
Uma das piores coisas na prisão era a comida, tínhamos de comer peixe todos os dias. A vida não era fácil!
Foi numa tarde de sábado que vi chegar o que viria a ser o meu melhor amigo, o José!
Eu e o José íamos todas as tardes plantar laranjeiras no jardim da cadeia. E foi numa dessas tardes que decidimos fugir da prisão. O plano era escavar um túnel no jardim, por baixo do muro, para fora da prisão , utilizando uma colher que o meu amigo tinha retirado do refeitório.
Durante três longos anos, escavámos aquele túnel até que na noite do dia 31 de Dezembro, finalmente, fugimos.
Quando chegámos cá fora demos um grande abraço um ao outro e despedimo-nos.
Nunca mais voltei a ver o José.
Hoje, já idoso, recordo os anos que passei em cárcere , sem saudade, mas com um agradável aroma a laranja!
História elaborada pelo Gonçalo Santos com apoio do irmão André (2ºB)

O lápis preguiçoso

Há uns anos atrás, quando eu era mais pequena, a minha avó costumava contar-me uma história que se passava com um amiguinho dela, quando andava na escola primária. Era o Joãozinho.
Tratava-se de um menino inteligente, mas muito preguiçoso e não gostava nada, mesmo nada, de fazer os trabalhos de casa.
Quando chegava à escola, a professora perguntava-lhe:
- Então Joãozinho, porque não fizeste os trabalhos de casa?
- Eu tentei, professora, mas o meu lápis não queria trabalhar! Acho que é um lápis um bocadinho preguiçoso!!!
A professora achava graça à resposta e lá ia desculpando o Joãozinho.
E todos os dias a história se repetia... Até que a professora começou a pensar que tinha de lhe dar a volta!
Assim, um dia, depois do Joãozinho se justificar porque não tinha feito os trabalhos de casa, com a mesma desculpa de sempre, a professora disse:
- Joãozinho, hoje tenho uma surpresa para ti. É algo que vai resolver os problemas que tens com os T.P.C.!
O Joãozinho ficou muito curioso e ansioso para saber o que era. A professora continuou...
- Toma, Joãozinho! É um lápis mágico! Assim que começares a fazer os trabalhos de casa, ele ajuda-te de tal forma que logo depois os trabalhos aparecem feitos, como que por magia.
O Joãozinho lá aceitou o lápis a medo, porque agora não sabia que desculpa é que havia de dar para não ter que fazer os trabalhos.
No dia seguinte, a professora perguntou:
- Então, Joãozinho, hoje fizeste os T.P.C.?
- Fiz professora! - disse o menino.
- Boa!!! Agora tenho outra surpresa para ti! Sabes, o lápis não é mágico, os teus trabalhos estão feitos porque tu conseguiste fazê-los! Esforçaste-te e conseguiste! Parabéns!
E o Joãozinho respondeu:
- Acho que está enganada, professora! O lápis é mesmo mágico. Aliás, é tão mágico, tão mágico que fez os trabalhos tão depressa que nem eu percebo o que está escrito!
A professora agarra no caderno e só vê gatafunhos. Pôs as mãos na cabeça e pensou:"Ai meu Deus, esta criança não tem emenda! E agora, o que faço?"
E foi assim que o Joãozinho deu a volta à professora em vez de fazer os T.P.C., fez uns rascunhos à pressa, só para a enganar!
Mas, esta situação não durou muito mais tempo, pois, inteligente como era, o Joãozinho logo percebeu que era melhor ter alguma responsabilidade se quisesse ser um homenzinho.
História elaborada pela Laura Tavares com apoio da sua mãe (2ºB)

Monstros em minha casa

Todas as noites quando eu adormecia, havia sempre um barulhinho que me acordava. Ouvia sempre um toc...toc... debaixo da minha cama, e quando eu espreitava o barulho parava.
Voltava a adormecer e novamente a acordar com o tal toc...toc... que só parava quando eu espreitava.
Fiz de conta que estava a dormir e quando o barulho recomeçou, espreitei muito devagarinho e qual não foi o meu espanto quando vi dois monstrinhos engraçados debaixo da minha cama.
Ficaram tão assustados quando me viram que ao quererem esconder-se chocaram um contra o outro e caíram no chão.
Desatei a rir e eles perceberam que eu não lhes queria fazer mal.
Um tinha apenas um olho, duas orelhas grandes, cinco pernas e três braços. O outro era muito pequeno, parecia um pompom. Ao primeiro chamei-lhe Orelhudo e ao outro chamei-lhe Pompom.
Tornámo-nos grandes amigos e passaram a vir brincar comigo depois da escola e nunca mais me acordaram de noite.
História elaborada pelo Gonçalo Esteves com o apoio da sua mãe (2ºB)

terça-feira, 14 de junho de 2011

No futuro

Numa manhã de chuva, acordei no futuro. Abri a janela do meu quarto, olhei para a rua e vi o meu irmão João, já careca e desdentado, a passear o seu leitão de estimação, que por estes tempos, já era um porco.
Fui tomar o pequeno almoço, no futuro toda a gente come feijoada pela manhã, e fui para a escola. Quando lá cheguei não me deixaram entrar. O segurança disse-me:
- Senhor presidente, já não tem idade para andar na escola! Aqui só entram garotos!
Nisto, vi o meu reflexo no vidro da porta da escola e reparei que me tinha tornado num homem. Fui embora.
Entrei na minha nave espacial e disse ao Jonas que me levasse ao supermercado.
No supermercado comprei uma lata de chanfana líquida e decidi dar um passeio para ver como era o futuro. No futuro, toda a gente se chama Fernando, mesmo as meninas, o desporto mais popular é a sueca. As ruas estão limpas, mesmo muito limpas, os carros, assim como as motas já não andam, voam!
Já à noite, estava a andar na rua, e ouvi um dinossauro a dizer....
... Nisto... Acordei!!!! Tudo não passou de um sonho... e com isto, já estou atrasado para ir para a escola!!!!!
História elaborada pelo Gonçalo Santos com o apoio do seu irmão André (2ºB)

Visita a um extraterrestre

Era uma vez um extraterrestre que vivia muito sozinho no maior planeta do sistema solar - Júpiter , assim se chamava o solitário extraterrestre, que tinha esse nome em honra ao seu planeta -, e vivia no topo de uma montanha ventosa. Mas este nosso amigo queria muito ter amigos por perto. Viver no maior planeta sem amigos não tinha nenhuma graça.
Um dia, Júpiter foi para o quarto depois do jantar e mesmo antes de adormecer pediu um desejo à estrela cadente que acabara de passar pela sua janela:"Quem me dera sonhar um sonho bom em que tivesse um amigo!", matutou Júpiter mesmo antes de fechar os olhos.
Ainda a estrela cadente andava a passear pelo céu, e um menino chamado João, preparava-se para embarcar na viagem da sua vida. Tinha um fato preateado e um capacete que mais parecia um aquário de peixinhos. O João entrou num foguetão azul e partiu, valente, numa viagem até ao espaço onde vivem os sonhos. Este menino aterrou a nave em Júpiter, pouco depois. Estacionar não foi fácil, porque este planeta tem ventos muito fortes.
O João saiu da nave e viu ao longe o extraterrestre sozinho e a olhar para os anéis de Saturno. Quis logo ser amigo daquele ser tão engraçado com a sua pele verde, uma grande cabeça com três cabelos apenas e uns olhos muito esbugalhados. O João foi ter com ele e disse:
- Gostava de ser teu amigo. Podes mostrar-me o teu lindo planeta? - perguntou, a medo, o menino.
O extraterrestre ficou tão feliz que deu pulinhos de alegria.
Nessa noite, os dois amigos ficaram juntos e viveram a fantasia de um sonho.
Quando acordaram lembravam-se de tudo e sabiam que todas as noites estariam juntos nos sonhos para viverem aventuras sem fim!
História elaborada pela Maria Carolina com o apoio da sua mãe (2ºB)

A erva milagrosa

Há muito tempo atrás, na terra dos feitiços havia duas bruxas muito trapalhonas. As duas bruxas eram irmãs, uma era boa e a outra era má, por isso, andavam sempre às turras e sempre zangadas!
Um certo dia, cada uma resolveu fazer um feitiço muito poderoso. A Neca, a bruxa boa, pensou em fazer um feitiço que acabaria de vez com a tristeza e a solidão. A Fetucina, a bruxa má, pensou em fazer o contrário, fazer com que as pessoas fiquem tristes.
O problema estava no seguinte: elas eram tão trapalhonas que quase sempre acabavam por misturar os feitiços. O resultado era sempre algo de muito errado!
Entretanto, num reino não muito distante da terra das bruxas, vivia uma princesa que estava muito preocupada porque ouviu a fama que tinham as bruxas e o que tencionavam fazer. Descontente, resolveu ir ter com elas a fim de convencê-las de desistirem da ideia!
Depois da longa viagem, a princesa ficou doente, por isso, precisava de muita ajuda.
A Neca, que era muito boa, prontificou-se logo a ajudá-la. Para isso teve de ir à montanha Sagrada falar com o dragão Chin, dono do chá Zen, que continha a erva milagrosa, a única capaz de salvar a princesa.Chegada à montanha, a Neca foi recebida pelo dragão Chin que de imediato caiu de amores por ela. Ele decidiu ajudá-la em troca do seu amor. A Neca ficou pasmada! Mas, por ser tão boa aceitou a proposta! Foi deste modo que a princesa se curou...

História elaborada pelo Marcos com o apoio da sua mãe (2ºB)

terça-feira, 7 de junho de 2011

Dia Mundial do Ambiente

No dia 5 de Junho comemorou-se o Dia Mundial do Ambiente e, para o celebrarmos, escrevemos em conjunto estes versos, baseando-nos no poema "A Floresta" de Luisa Ducla Soares. Apesar de ser uma poesia muito simples, foi a nossa primeira mas o mais importante é que nos pôs a reflectir sobre o grande valor da Natureza e do nosso Planeta Terra! Esperamos que também vos faça reflectir...


Quem planta uma floresta
Trabalho manual realizado pela Marta (2.º A) com o apoio da sua mãe
(tronco com casca de sobreiro e folhas de oliveira)
planta uma lição como esta:
«Toda a natureza
 é a nossa maior riqueza!»

Planta magia
com grande amor
como se fosse poesia
de muito valor.

Planta um sorriso de uma criança
porque é ela a nossa esperança.

Planta vidas de animais
pois eles também são especiais.

Quem planta uma floresta
tem bom coração
Sabe que aqui há festa
cheia de união!

Poema elaborado pela turma do 2.º A com a ajuda da professora

Pintura com guaches elaborada pela Sara (2.º A) com o apoio do seu pai

O castelo de areia

Ilustração da Diana, da Luisa e do Virgílio (2.º A),
elaborada com técnica de recorte e colagem e pintura com marcadores 
Três amigos foram à praia
fizeram um castelo de areia
veio de lá o mar
e trouxe uma baleia.

A baleia entrou rapidamente
pela porta da frente
mas o castelo é forte
pois tem uma parede resistente.

Todos ficaram amigos
e a baleia foi para o mar.
Os três meninos na praia
para sempre a brincar.




Poesia elaborada pelo Virgílio (2.º A) com o apoio de uma amiga

O comboio dos animais

Ilustração do Tomás, da Margarida,
da Henal e do Rodrigo (2.º A)
Num país quase do outro lado do mundo, a Índia, costuma haver grandes inundações que põem em perigo as pessoas e os animais. Certo dia, começou a chover muito numa região desse país onde havia um grande parque de animais selvagens. Os guardas do parque ficaram preocupados porque pelo meio do parque passava um rio e podia transbordar e arrastar os animais que podiam morrer afogados. Começaram então a pensar como podiam salvar os animais e um deles teve uma ideia:
- Podemos pedir um comboio com vagões de mercadorias abertos e assim transportamos os animais para um sítio mais seguro!
- Boa ideia!- disseram os outros guardas.
Estiveram a combinar tudo e a preparar jaulas e gaiolas para poderem levar os animais. Não foi fácil apanhá-los todos, até foi mesmo muito difícil com os tigres e os lobos, porque tiveram que disparar setas com um remédio para os pôr a dormir. Até que por fim lá conseguiram juntar todos os animais e metê-los nas jaulas e gaiolas.
No dia seguinte, o comboio dos animais partiu, como se fosse uma espécie de nova Arca de Noé. Em todas as aldeias por onde passavam, as pessoas vinham admirar os animais e oferecer-lhes coisas para comer.
O comboio viajou até outro parque onde puderam soltar todos os animais, sem perigo, e onde passaram a viver.
História elaborada pelo Robert (2.º A) com o apoio da sua mãe 

Ilustração da Marta, Nicole e Sara (2.º A),
elaborada com técnica de recorte e colagem
e pintura a lápis de cor, de cera e marcadores

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Maldita Matemática!

Maldita Matemática
que calor me faz
são contas e mais contas
que me tornam num ás.

As contas de somar
foram as primeiras que aprendi
são fáceis de realizar
e com elas me diverti.

Nas contas de subtrair
Ilustração do Tiago (3.ºA)
muito tenho que pensar
os números vou diminuir
e sem nada vou ficar.

Para a multiplicação
a tabuada tive de saber
eram vezes e mais vezes
isto assim não pode ser!

Para as contas acabar
aprendi a divisão
são as que gosto mais de contar
mas dão-me um grande trabalhão

Para a história terminar
as quatro operações temos de saber
vamos todos trabalhar
vale a pena aprender.

Poesia elaborada pelo Tiago Guerreiro do 3º A com a ajuda da mãe e da madrinha

A floresta do rio laranja

Cintilante era uma andorinha que todas as Primaveras voava para a Floresta do Rio Grande. Numa das Primaveras, quando chegou, viu todos os animais reunidos junto ao rio.
- O que aconteceu para estarem tão preocupados? - perguntou Cintilante.
- O nosso rio, de repente, ficou escuro e não sabemos o que aconteceu nem o que poderemos fazer. - disse o esquilo.
Foi nessa altura que a andorinha reparou que o rio estava muito escuro e os peixes muito tristes.
Juntou todas as andorinhas e voaram por todo o rio para descobrirem o que tinha acontecido.
Descobriram que um vulcão tinha derramado uma lama muito preta e que seria difícil o rio voltar ao normal.Mas Cintilante queria muito ajudar os seus amigos e tentou arranjar uma solução.Foi então que se lembrou de ir falar com o Sol.
Ilustração da Joana (3.ºA)
- Sol, preciso que me dês um raio dos teus para que o rio da floresta volte a ficar bonito e brilhante. - pediu a andorinha.
- Um raio não te posso dar, porque ainda vou precisar de todos para tornar o Verão mais quente. Mas podes levar um saquinho que a fada das estações me deu. Nele está um pó mágico que transforma a chuva em raios de sol.
Cintilante agradeceu ao sol e repartiu o pó pelas andorinhas para o espalharem por todo o rio.
Passado algum tempo, o rio ficou com uma cor alaranjada e muito brilhante.
Os animais da Floresta do Rio Grande ficaram muito contentes e agradeceram às andorinhas por terem transformado o seu rio no rio mais bonito do mundo.

História elaborada pela Joana Muskiet do 3º A com a ajuda da mãe

terça-feira, 31 de maio de 2011

O senhor Medo

Era uma vez um senhor, de seu nome Medo. Este senhor era um pouco tímido e parecia andar sempre assustado. Durante o dia andava sempre sozinho, tinha um ar triste e preocupado. Evitava grandes confusões, pois não falava muito com as pessoas sempre com medo que algo acontecesse.
Ilustração do Gonçalo, Robert e Tomás (2.º A)
Todas as pessoas comentavam o seu modo de agir. Até que um dia algo muito grave aconteceu. Na aldeia onde vivia o senhor Medo, todas as crianças desapareceram. O pânico foi geral. Todas as pessoas estavam assustadas. As suas caras ficaram tristes e o medo de perderem as crianças era a maior preocupação. Reuniram-se esforços para iniciar a busca e o senhor Medo também ajudou.
Nessa altura ninguém reparava na sua maneira de agir, pois toda a aldeia agia como o senhor Medo.
Ao fim de algum tempo foi ele que encontrou as crianças que tinham ficado presas numa casa abandonada, junto ao rio, quando foram para lá brincar.
As crianças também estavam assustadas, mas o senhor Medo, ao contrário do que era normal, mostrava um ar feliz, porque a sua vontade de ajudar tinha sido maior do que o seu medo!
A partir desse dia toda a gente percebeu que o senhor Medo está sempre dentro de nós. Embora não o vejamos, quando algo mais grave acontece conseguimos senti-lo. E, depois, só temos que descobrir uma forma de o afastar, tal como fez o senhor Medo.

História elaborada pelo Tomás (2.ºA) com o apoio dos seus pais 

O mestre dos números

Era uma vez um senhor chamado Miguel. O senhor Miguel era um mestre dos números. Era muito inteligente e, por esta razão, todas as pessoas o admiravam. Para o senhor Miguel a matemática não era um mistério, as contas eram um prazer e por isso ajudava todas as crianças que tinham dificuldade nesta disciplina. Assim, cada dia mais crianças iam para casa sem dúvidas. O senhor Miguel ficava muito orgulhoso de si próprio.
Certa tarde, no dia 18 de Novembro, todos os amigos do Senhor Miguel tiveram uma reunião para no dia seguinte dizerem ao director da escola da aldeia que gostariam de ver o mestre dos números como professor.
No dia seguinte, o director deu-lhes a resposta que era um "Sim"! Então eles foram avisar o senhor Miguel. Quando o encontraram disseram:
- Vai ser o teu primeiro dia como professor!
E o Miguel respondeu:
- Professor?!
Os amigos responderam:
- Sim, professor de matemática! Convencemos o director da escola a seres professor.
E assim termina esta história do Senhor Miguel que se tornou um óptimo professor e ajudou as crianças a também serem verdadeiros mestres dos números!

História elaborada pela Margarida (2.ºA) com o apoio da sua mãe 

Ilustração da Daniela, Diana, Luisa e Margarida (2.ºA),
realizada com técnica de recorte e colagem. 

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Vou ter um irmãozinho

Que sorte a minha,
vou ter um irmãozinho,
vamo-nos divertir à grande
e já não vou brincar sozinho.

Já nasceu o meu irmãozinho
mas não me deixa aprender
chora noite e dia
e assim não pode ser.

Já está mais crescidinho
mas ainda é muito chato
anda sempre atrás de mim
parece um carrapato.

Agora já nos damos melhor
é bom tê-lo comigo.
Vou cuidar sempre dele
pois é o meu melhor amigo.


Poema elaborado pelo Diogo  (3.º A)

Maldita Matemática



Maldita Matemática,
Nem me deixas respirar,
São números e mais números,
Tenho muito que pensar.

Maldita Matemática,
Que tanta falta faz,
Se não me apresso a aprender,
Vou ficar para trás.

Maldita Matemática,
Que tantos problemas resolves,
Sem a tua sabedoria,
O que é que eu faria?

Maldita Matemática,
Que calor tu me trazes,
São contas e mais contas,
Que todo o dia me fazes.

Poema elaborado pelo Duarte (3ºA)

O Gigante Astuto

Num reino longínquo vivia um senhor muito alto, diferente de todos os outros homens. Por ser tão alto era conhecido como Gigante. Este Gigante era traiçoeiro e pregava partidas manhosas e todos o tratavam por "Gigante Astuto".
Infelizmente, ninguém gostava do seu feitio terrível. Mas não o queriam odiar, antes pelo contrário! Todos os habitantes do reino se uniram para, em conjunto, encontrarem solução para combater o terrível feitio do "Gigante Astuto". Nada melhor que o castelo do rei para essa reunião.
Nesse castelo vivia num lago de águas limpas e cristalinas o Chico Esperto, um peixe que era mesmo... esperto!
Na reunião quiseram ouvir a opinião do peixe e contaram o que pretendiam: mudar-lhe o feitio e torná-lo mais calmo, simpático e amável.
O Chico Esperto não precisou ouvir muito, pois das suas águas limpas e cristalinas via e ouvia as atitudes do gigante.
Todos falavam, comentavam, esbracejavam, gritavam... para o bem dele!
Chico Esperto teve de interferir de imediato e colocar um ponto final naquela discussão que não estava a levar a lado nenhum. De repente, ele, o Chico Esperto colocou uma questão bastante pertinente - "se algum dos presentes já tinha conversado com o Gigante Astuto no intuito de saber o porquê das suas atitudes!"- Ao ouvirem a questão colocada pelo Chico Esperto , abanaram negativamente a cabeça, já que ninguém tinha pensado e feito isso antes.
Foi então que resolveram chamá-lo e conversar com ele. Chico ofereceu-se para ser o interlocutor e todos aceitaram. Ao vê-lo aproximar-se ficou espantado com o seu ar de medo, de receio e cheio de tremeliques... tremia tanto como varas verdes e Chico Esperto pediu-lhe que se acalmasse. Num instante percebeu que ele era muito boa pessoa, por isso, quis rapidamente saber o porquê das suas ações e ele, calmamente, explicou. Explicou que sabia que era um ser diferente dos outros e que não gostava de ser diferente e por isso, não queria que gostassem dele.
Depois de muito conversarem, o peixe fez-lhe ver que o importante era seguir uma "caixa" que tinha dentro dele. Nessa "caixa" estava o seu coração!
Não importa ser diferente. Importa apenas o que essa "caixa" tem dentro dela: a simpatia, a amabilidade, o respeito, a amizade!...
Assim, o Gigante fez a vontade ao seu coração!
Todos ficaram felizes, porque conseguiram o que pretendiam. De astuto, passou a gigante Amável!

História elaborada pela turma do 2º B com apoio da professora

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Entrevista a um dinossauro I


Há muito tempo atrás, entre 225 e 65 milhões de anos antes do Homem, um dinossauro terópode da espécie T-Rex encontrou no meio do campo um Pteranodonte, de grandes asas.
O temível carnívoro T-Rex ficou intrigado com a vida que teria o dinossauro voador e quis saber tudo, para escrever no jornal "Notícias dos Dinossauros". Começou assim a entrevista:
- Caro Pteranodonde, onde vives?
- Eu vivo aqui perto, na rua do Cretácico, porta 121 e o meu andar é o 7º a contar do céu- respondeu o Pteranodonte.
- E o que gostas mais de comer?- indagou o jornalista.
- Tu não sabes?!- disse com surpresa o Pteranodonte. - O que eu gosto mais de comer é peixe fresquinho!
- E como é que consegues pescar? - inquiriu, com curiosidade, o T-Rex.
- É simples, porque o meu bico ajuda-me a pescar, da mesma maneira que esses teus grandes dentes fazem com que sejas o maior carnívoro do universo! - explicou.
E assim acabou a entrevista, com o entrevistado a convidar o entrevistador para uma pescaria no próximo domingo, que era o dia em que ia ser publicada esta entrevista, no jornal "Notícias dos Dinossauros".

História elaborada pela Maria Carolina com o apoio da sua mãe (2ºB)

terça-feira, 24 de maio de 2011

A caneta mágica


Há muito tempo atrás numa escola havia um menino chamado João. O João tinha oito anos e vivia com os avós e também com o seu irmão, Paulo. Ele era sempre bem comportado e era o melhor aluno da turma dele.
Todos os dias ele levava a sua mochila muito carregada com os livros, as tesouras, o estojo e com algo muito especial, que nem ele sabia!
Certo dia, na escola do menino João, aconteceu algo inesperado... quando o João abriu o estojo viu uma caneta nova. Começou a escrever e apercebeu-se que a caneta era tão especial que parecia mágica.
A caneta saiu da mão do João e começou a escrever sozinha e ele ficou muito espantado!
Na hora do recreio, o João chamou os seus colegas e começou a contar o que tinha acontecido.
De seguida, o menino João ia mostrar a caneta aos seus colegas quando se apercebeu que a caneta já não estava no estojo!!
- Então?! Ela estava aqui agora mesmo! Não percebo!!
De repente... o João foi acordado pela mãe e percebeu que tudo tinha sido um sonho e afinal a caneta mágica não existia!!!!

História elaborada pelo Rodrigo Gago com o apoio da sua mãe (2ºB)

Joaquim e a natureza

Joaquim era um menino como todos nós. Era agitado, brincalhão, alegre e falador mas tinha uma particularidade: ele sabia comunicar com a natureza e com os animais.
Certo dia, Joaquim foi ao sótão da sua casa buscar os brinquedos que já não usava para dar a outras crianças e encontrou num cantinho, cheio de pó, uma caixa. Era uma caixa pequena feita de folhas secas e flores. Joaquim não conseguiu resistir e abriu a caixa. Ele ficou encantado ao ver um livro sobre natureza mas também ficou espantado porque quando o abriu, viu lá dentro, na página das flores, uma luzinha cintilante. Afinal a luzinha era uma fadinha com um vestido luminoso como o sol.
Rapidamente a fada fez uma magia com pozinhos de pétalas de rosa e levou o Joaquim para a sua ilha. Lá, a fada apresentou o seu nome ao Joaquim:
- O meu nome é Maria Flor. Peço desculpa por te ter transportado para aqui assim do nada, mas há uma explicação.
Então, Maria Flor lá contou o que se estava a passar naquela ilha. Ela estava a perder as suas belas e amigas árvores porque os Homens andavam a cortá-las. O rei e a rainha estavam preocupados com este problema e pediram à fada para ela encontrar uma criança especial que os ajudasse.
Joaquim aceitou ajudá-los porque sentiu que a natureza da ilha estava triste e a desaparecer. Deste modo, ele resolveu ir falar com os habitantes. Ele disse que tinham de passar a reciclar mas também saber poupar o que utilizavam para não cortar mais árvores do que as necessárias.
A partir desse dia, os Homens passaram a ser amigos do ambiente e por cada árvore que cortavam, plantavam uma nova.
E assim acaba esta aventura do nosso amigo Joaquim: um verdadeiro amigo da natureza!

História elaborada pelos alunos do 2.º A com o apoio da professora 

Trabalho plástico da Daniela, Diana, Henal, Luisa, Margarida e Sara (2.ºA),
realizado com diferentes materiais, incluindo folhas secas.

O Senhor Pouca Sorte

Há muito tempo atrás, na aldeia em que eu vivia, existia um senhor muito alto, de nariz muito comprido e com um grande bigode. O nome dele era Baltazar, mas era mais conhecido por Senhor Pouca Sorte, aliás, era assim que todos na aldeia lhe chamavam. Quase ninguém o conhecia pelo seu verdadeiro nome.
O Senhor Pouca Sorte, embora causasse por vezes pequenos desastres pelas redondezas, era bastante admirado por todos, pela sua bondade, humildade e, sobretudo, pela sua amizade. Ele gostava muito de ajudar os seus amigos, mas nem sempre as coisas corriam bem.
Lembro-me de um dia em que ele estava a ajudar a menina Maria Chica a dar comida ao seu cavalo Silvino. Ele tropeçou na corda que prendia Silvino à cerca, indo cair direitinho dentro do balde de leite que a menina Maria Chica ordenhou à vaca Mimi.
Ilustração do David e do Gonçalo (2.º A),
realizada com lápis de cor e marcadores
Outra peripécia que me recordo foi no dia do grande piquenique. Era o dia mais importante para a aldeia, o dia em que todos se juntavam no bosque para comemorar o início da Primavera. Estava um belo dia de sol, todos estendemos as mantas no chão para darmos início ao piquenique.
Havia em abundância alegria, descontração e muitos petiscos, feitos pelas melhores cozinheiras da aldeia. As crianças brincavam à bola satisfeitas, quando uma bola lançada com mais força pelo meu primo Zequinha atingiu o Senhor Pouca Sorte mesmo no meio da cabeça, fazendo-o entornar o frasco de compota de marmelo que ele tinha na mão. O conteúdo do frasco caiu todo em cima dos seus calções. Nesse instante, começámos a ver um grande exército de formigas a subir pelas suas pernas em direção aos seus calções. O Senhor Pouca Sorte só teve tempo de desatar a correr, mergulhando de cabeça num pequeno lago que havia no bosque, esquecendo-se por completo que não sabia nadar. Como todos eram seus amigos, num instante ele foi salvo e no fim todos se riram com a situação.
Desta história podemos sublinhar que o mais importante é a amizade e mesmo com pouca sorte, o que importa são os amigos.

História elaborada pelo David (2.º A) com a ajuda da sua mãe

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Vou ter um irmãozinho

Era um daqueles dias em que me fui deitar chateado com a minha irmã.
Mas porquê? Porque é que eu tenho uma irmã e não um irmão? De certeza que nos íamos dar bem.
Foi então que adormeci e sonhei que tinha um irmãozinho. No meu sonho, eu e o meu irmão estávamos a ter um dia perfeito. Já tínhamos jogado basquetebol, às escondidas, já tínhamos construído uma cidade de legos, quando a minha mãe nos chamou para almoçar.
O meu irmão sentou-se à mesa e, que grande porcalhão...comia com a mão!
Teve que ir para a banheira antes de continuar com a brincadeira.
Fomos brincar para a rua, levámos os berlindes e os piões, mas ele, quando eu ganhava, só me dava empurrões!
No resto da tarde só fez disparates. Discutimos e zangámo-nos muito e até fiquei de castigo por causa dele.
O pior foi quando ele puxou o rabo do cão. Isso é que não, fazer mal ao cão!
Depois do jantar fomo-nos deitar e ele fez uma birra, começou a chorar e não me deixou descansar.
Quando acordei e vi que tinha sido um sonho até respirei fundo. A minha irmã às vezes chateia-me, mas o meu irmão do sonho era três vezes pior!...

História elaborada pelo Gustavo do 3º A com a ajuda da mãe

Ilustração do Gustavo (3.ºA),
realizada com técnica de pintura a marcadores

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Maldita matemática

Maldita matemática
és difícil a valer
contas e mais contas
assim não pode ser!

Maldita matemática
Não se pode admirar
serve para fazer contas
não serve para brincar!

Maldita matemática
mais, vezes, menos...
para mim funciona
como se fossem venenos.

Maldita matemática
agora já brinco com ela
tenho sempre as contas certas
acabei por gostar dela!

Poema elaborado pelo Gonçalo com a ajuda do David (3.º A)

quarta-feira, 18 de maio de 2011

A caneta mágica



Era uma vez uma caneta mágica que quando era usada pelo seu dono, o Rodolfo, começava a dançar em cima do papel e os trabalhos apareciam feitos como por magia. Era uma caneta muito fininha e como já tinha muito uso só lhe restava metade da tinta.
Como era uma caneta mágica podia mudar de cor conforme a necessidade do seu dono.
Certo dia, o Rodolfo, resolveu levá-la para a escola, era um dia muito importante, ia fazer uma avaliação de língua portuguesa. Quando começou a resolver a ficha, reparou que a caneta já não dançava em cima do papel. Só então, o Rodolfo percebeu que não deveria ter usado tantas vezes a caneta quando não estudava absolutamente nada. Entretanto a caneta começou a falar e disse ao Rodolfo:
- Em vez de me usares para fazer as tuas fichas, porque não estudas por ti próprio?
O Rodolfo ficou muito espantado e perguntou:
- Mas tu, além de me fazeres as fichas, também falas?
- Sim, e faço muitas outras coisas!
- Então porque não me ajudas mais uma vez?
- Porque devias ter estudado! Se for sempre eu a fazer as coisas, tu nunca aprenderás nada!
E assim foi, o Rodolfo deixou de usar tantas vezes a caneta e passou a estudar mais. Usava-a apenas para fazer as ilustrações dos seus fantásticos textos.

História elaborada pelos alunos do 3ºB com o apoio da professora