quinta-feira, 24 de novembro de 2011

O livro que só queria ser lido

Era uma noite fria de inverno, lá fora o vento batia nas janelas da antiga biblioteca da cidade de Lisboa. Entre milhares de livros que descansavam nas enormes estantes um, porém, estava desesperado:
«Nunca mais é dia! Será que amanhã me levam? Tenho tanto para contar e estou ansioso!» - pensava o pequeno livro de histórias.
Mas o dia nasceu, a biblioteca abriu às 9 horas e fechou às 17 horas e o livro não saiu da estante. Então decidiu:
- Tenho de fazer alguma coisa!!!
Atirou-se para o chão.
No dia seguinte, a funcionária da biblioteca encontrou-o e como não sabia o seu lugar, colocou-o em cima da sua secretária para depois o arrumar.
Com a confusão, o livro foi parar ao saco de uns livros para dar ao menino Gabriel, que ficou muito feliz com o livro de histórias.
O nosso amigo livro ficou também feliz, afinal ele só queria ser lido!



Texto e ilustração elaborados pelo Rodrigo (3.º A), com o apoio da mãe 

Um grande susto

Era uma vez uma menina que vivia numa quinta. Na quinta havia ovelhas, vacas, pintainhos, porcos, um cão e um gato muito maroto que pregava partidas a todos os outros animais da quinta.
Ilustração da Sara (3.º A)
Queres que te conte algumas dessas partidas?
Um dia, enquanto as ovelhas pastavam, o gato entornou um balde de água gelada em cima delas. Elas ficaram a tremer de frio com a lã toda congelada.
Outro dia, o malvado do gato puxou a cauda às vacas que fugiram pelo prado fora.
Quando o cão ia a saborear a sua comida, encontrou a taça vazia. Os seus biscoitos preferidos tinham desaparecido! O gato ainda teve o descaramento de chamar a menina e dizer:
- Dona, o cão comeu os meus biscoitos em forma de peixe!
Como ela não sabia que o gato estava a mentir, deu-lhe mais comida.
Só quando os animais lhe fizeram queixas do terrível gato, é que percebeu que algo tinha de ser feito. Os animais e a menina estavam furiosos e fartos das partidas do gato. Então fizeram um plano para lhe dar uma lição e decidiram pregar-lhe um valente susto.
Enquanto o gato dormia, a menina e os outros animais taparam-se com um lençol branco e foram assim acordar o gato, que mal abriu os olhos e viu tantos fantasmas no seu quarto, desatou  a correr cheio de medo prometendo que nunca mais fazia partidas aos outros.

Texto elaborado pela Sara (3.ºA)

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

O país das pessoas tortas

Era uma vez um menino chamado Francisco que juntamente com a família decidiu ir passar férias para um país diferente, o país das pessoas tortas.
Por tanto ouvirem falar daquele lugar, ficaram com muita curiosidade em conhecer aquelas pessoas. Fizeram a viagem de barco e quando lá chegaram não notaram diferença nenhuma. O Francisco ficou triste, pois tinha imaginado as pessoas de mil e uma maneiras diferentes e os seus pais também não percebiam o porquê daquele nome.
Durante um passeio pelo parque, o Francisco viu um menino a andar de bicicleta e como a curiosidade apertava cada vez mais perguntou-lhe:
Ilustração realizada pelo Gonçalo (3.º A)
- Olá, como te chamas?
- Sou o Bernardo e tu?
- Sou o Francisco. Por que é que o teu país tem este nome?
- Tu fizeste a viagem de barco ou de avião?
- De barco. - respondeu o Francisco
O Bernardo achou graça e explicou ao amigo que há muito tempo atrás viveram ali uns gigantes que até eram muito simpáticos e ajudaram a construir grande parte do país. Mas como eram muito pesados, o país começou a entortar.
- Sabes Francisco, não são as pessoas que são tortas. Esse nome começou a surgir porque quem viaja de avião e olha para baixo é isso que parece, mas foi a terra que cedeu.
- Mas vocês não se importam que as outras pessoas pensem isso? - perguntou o Francisco
- Claro que não. Recebemos cá muita gente que nos visita e todos acham graça quando contamos a verdadeira história.
O Francisco ficou maravilhado com aquelas pessoas e foram as melhores férias de sempre.

Texto elaborado pelo Gonçalo (3.º A) com o apoio da sua mãe

A corrida de vassouras

No topo de uma grande montanha, que parecia tocar nas nuvens, existia uma velha casinha torta onde vivia uma jovem bruxa chamada Alturinhas. Deram-lhe este nome porque desde bebé que tinha medo das alturas e por isso não conseguia voar numa vassoura.
Será que esta bruxa era mesmo uma bruxa? Sim, mas até ao início desta história não conseguia superar o seu medo de voar. Assim, montava um cavalo em vez de uma vassoura. O cavalo chamava-se Cenourinhas, tinha um pêlo branquinho e macio e era o melhor amigo da bruxa Alturinhas porque desde potro que a conhecia. Era o único amigo que a compreendia verdadeiramente.
Num belo dia de outubro a Alturinhas recebeu um convite especial da maior corrida de bruxas. Ela ficou triste porque na corrida tinham de ser utilizadas vassouras, mas de repente encheu-se de coragem e decidiu arriscar porque queria muito participar na corrida e deixar de ter medo das alturas.
Entretanto lembrou-se que no fundo de uma gruta subterrânea estava escondida a vassoura mais veloz do mundo inteiro. Essa vassoura tinha um motor a jato e voava à velocidade da luz mas também tinha uns travões para parar numa emergência. Então, decidiu ir à procura da vassoura veloz com o seu amigo Cenourinhas.
Quando chegou à gruta subterrânea preparou uma poção mágica para poder respirar debaixo de água como um peixe. Assim que a bebeu cresceram-lhe umas guelras no pescoço, mergulhou para a água e foi encontrar a vassoura escondida num coral grande.
O grande dia da corrida chegou e Alturinhas estava muito nervosa. Já tinha praticado algumas vezes mas continuava com um pouco de medo de cair da vassoura. Às sete horas da tarde, no parque das corridas, todas as bruxas estavam preparadas para a partida. Quando a Alturinhas viu o Cenourinhas a apoiá-la sentiu-se corajosa e seguiu em frente.
No final da corrida, ela foi a grande vencedora mas acima de tudo fez uma aprendizagem: não desistir logo à primeira e tentar ultrapassar os seus medos!

História elaborada no coletivo pelos alunos do 3.º A com o apoio da professora

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Máquina do tempo


- Tu gostavas de ter uma máquina do tempo? Bem se queres ter uma liga já 660 100350! – disse a televisão (na verdade a televisão não fala).
O João todo maluco viu a televisão a dar o anúncio.
- Pai, podes dar aquela máquina…? Vá lá …!
- Chato.
-Vá lá…
- Não.
- Porquê?
- Vá, ganhaste…Eu ligo.
- Éééééé!!!
O pai estava a falar enquanto o filho esfrega as mãos.
- Chegou pai! A máquina chegou!
O filho (João) pegou na máquina e clicou num botão e começou a girar e foi parar ao tempo dos reis, depois ao tempo dos dinossauros e quando chegou a casa ficou aliviado por ter vida. E quando alguém vai a casa o João diz:
- Lê as instruções…- Com medo que a máquina transporte pessoas para outra era.


Texto elaborado por Guilherme Morais (4º A)>

Vou ter um irmãozinho


Vou ter um irmãozinho
Coisa que nunca tive
Tenho apenas uma irmã
Foi só ela que eu obtive

Vou ter um irmãozinho
Que não me vai chatear
Ao contrário da minha irmã
Que nem me deixava respirar

Vou ter um irmãozinho
A quem sopa eu vou dar.
Depois ele adormece
E começa a sonhar.

Texto elaborado por David Claisse (4º A)


Pirilampo sem luz


Fui passear de noite
e vi uma coisa a brilhar
eram os pirilampos
que estavam a brincar.

Mas muito longe deles
algo chorava baixinho
era um pirilampo
que estava muito sozinho

Cheguei-me ao pé dele
e perguntei-lhe assim:
- Como é que te chamas?
Mas ele nem olhou para mim.

Pedi aos outros pirilampos
para o irem lá chamar
então eles foram
e ele começoua brilhar!

Texto elaborado por Beatriz Ramos (4º A)


A visita de um extraterrestre


Certa noite de verão lá estava eu a olhar para o céu, quando vi uma luz cor de laranja
que parecia uma bola de fogo. Chamei os meus primos e eles, sem quererem acreditar, ficámos ali parados a olhar até que a luz começou a piscar parecia que nos fazia sinais.
Pegámos nas bicicletas e resolvemos segui-la. Parou mesmo no sitio onde nós
costumávamos ficar.
De repente no meio da bola laranja abriu-se uma porta, de lá apareceu uma coisa
estranha. Tinha três olhos, quatro braços, quatro pernas e com uma espécie de
antena na cabeça.
Ficámos espantados e curiosos mas ao mesmo tempo tremíamos de medo, não sabíamos o que fazer. Devia-mos ir embora? Ou perguntar como se chamava e de onde vinha? Até
que ele disse:
- Gugu dadá Plaranha.
Ficámos sem perceber mas logo atrás de nós apareceu a minha mãe com a minha prima bebé e ficámos de boca aberta quando ela lhe respondeu:
-Gugudada terra.
A minha prima percebia o extraterrestre. Através dela, ficámos a saber que Plaranha era o seu planeta, que o seu nome era Gondidaranha, que tinha 450 anos e que vinha muitas vezes visitar a Terra.
Nós éramos os seus extraterrestres e o Gondidaranha andava sempre a vigiar-nos, pois gostava de ver as nossas brincadeiras.
Ficámos muito contentes por termos amigos extraterrestres e, de lembrança, deixou-nos uma perna de aranha do seu Planeta.
Por fim despediu-se de nós e disse que voltaria no próximo verão. Para o ano lá estaremos nós a olhar para o céu.

Texto elaborado por Gonçalo Tinoco (4º A)



O Senhor Pouca Sorte



Há muito, muito tempo, naquela época em que os cães eram cabras e as cabras eram
cães, havia um senhor com muito pouca sorte.
Quando era pequeno e andava na escola, a sua cabra-cão cão-cabra comia-lhe sempre os trabalhos de casa, e agora que já era adulto continuava com pouca sorte: anda há dez anos à procura de emprego.
O senhor Pouca Sorte só tinha como herança uma casa de madeira e a velha Margarida, a cabra-cão cão-cabra. O resto foi tudo para o seu irmão, senhor Sorte.
Certo dia o senhor Pouca Sorte decidiu fazer uma visita surpresa ao irmão mas pelo caminho avariou a mota. Então voltou atrás para ir buscar a bicicleta mas... também se estragou.
- Tenho mesmo pouca sorte!
- Quem me dera ser como o meu irmão.
Dito e feito, poucos segundos depois estava sentado na poltrona do irmão, a jogar «wii».
- Uau, que sorte ele tem! Pois bem, agora tenho eu.
De repente, apareceu um senhor vestido de preto que lhe disse:
- Morreu alguém? – sempre que eu me vestia de preto é porque tinha morrido alguma galinha.
-Aprecio o seu sentido de humor, Senhor Sorte- disse o senhor de preto. E afastou-se; o senhor pouca Sorte seguiu-o e viu o senhor a abrir uma porta.
- É esta a sala de hoje, senhor
- Tenho de assinar esta papelada toda? - perguntou o senhor Pouca Sorte.
- Tem - respondeu o Senhor de preto.
E saiu da sala. Então o Senhor Sorte, coitado, viu-se aflito para encontrar a caneta que estava no bolso do casaco. E ainda tinha de atender chamadas de 5 em 5 minutos.
- Não! – gritou ele – Não quero esta vida.
Quando se deu conta, estava deitado na sua cama cheia de bicho da madeira.
- Que bom ser outra vez o senhor pouca Sorte – disse ele. E voltou a adormecer na sua cama cheia de bichos, com a sua cabra cão-cão cabra, deitada ao seu lado.
- Senhor Pouca Sorte para o resto da sua vida- dizia ele sempre que alguma coisa má lhe acontecia.
Texto elaborado por Beatriz Ramos (4º A)

A girafa que comia estrelas


A girafa que comia estrelas

Quando adormeci sonhei com uma girafa linda. Era tão
linda, elegante e muito alta. Tão alta que tocava o céu com a sua cabeça.
– Dona girafa, como são as estrelas vistas daí de cima? – perguntei eu.
– São lindas e muito brilhantes – respondeu a girafa.
– Quem me dera poder tocar-lhes…
Então a girafa comeu uma estrela. Depois, baixou-se até mim e abriu a boca
– Oh! Mas a estrela não está a brilhar! – disse-lhe eu.
– Pois não, – disse a girafa – elas só brilham no céu…
– Que pena, quem me dera lá chegar.
– Anda, sobe para o meu pescoço!
E, com um empurrão, a girafa colocou-me em cima dela e levou-me até junto das estrelas que eram lindas e brilhantes.
Caiu a noite e eu estava eufórica porque tinha tido um fim de semana muito divertido e com experiências novas. Quando me mandaram dormir não consegui. Então, deitei-me com a cabeça fora da tenda (estava a acampar) a admirar as estrelas. O céu estava todo estrelado.

Texto elaborado por Tatiana (4º A) com o apoio da mãe



As cores de outono


As cores de outono
são lindas de morrer
laranja ou vermelho
não consigo escolher.

As cores de outono
não são fáceis de contar
são tantas e mais tantas
que em cima delas eu vou andar.

As cores de outono
nelas vou tocar
verde ou amarelo
ajudam a respirar.

Texto elaborado por Duarte Almeida
(4.º A)


Por ti


Por ti
faço trancinhas até ao chão
com papoilas e tulipas
escrevo o teu nome no meu coração.

Por ti
vou até ao céu
buscar penas de pássaro
para enfeitar o teu chapéu.

Por ti
vou ao fundo do mar
para trazer uma estrela
para o teu cabelo enfeitar

Por ti, Mãe
faço o que for preciso
para que todos os dias
possa ver o teu sorriso.



Texto elaborado pela Joana (4.ºA), com o apoio da mãe

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

É bom ser amigo

Eu gosto de ser amigo,
gosto de fazer palhaçadas
para depois rirmos às gargalhadas,
por isso vem comigo!

Gosto de cantar e dançar contigo,
eu adoro companhia
Se eu não fosse teu amigo,
que infeliz eu seria.

Ter um amigo é muito valioso.
Há quem não tenha nenhum
e não saiba como é maravilhoso
ter, nem que seja, só um.

Sou teu amigo, pois então,
quando ris e quando choras.
Estou contigo, dá-me a mão
Conheço-te e sei que adoras.

Poesia elaborada pela Sara  (3.º A) com o apoio dos pais

O coração do Robô

Ilustração elaborada pela Matilde e Daniela (3.º A)
Era uma vez um Robô de lata, o seu sonho era ter um coração.
Este Robô foi criado por um menino que brincava muito com ele e o amava. O Robô pensava:
- De onde vem este sentimento?
Com o passar dos anos o menino foi crescendo e o Robô começou a ser esquecido, até que um dia um vizinho foi lá a casa e viu o Robô. Gostou tanto dele que o levou para sua casa.
Com pilhas novas o Robô começou a falar e contou que o seu sonho era ter um coração. No mesmo dia o menino comprou um coração feito de veludo vermelho e pendurou-o no peito do Robô. Naquela noite aconteceu um milagre, o coração começou a bater porque este Robô tinha muito amor para dar.
O menino e o Robô tornaram-se assim amigos inseparáveis. À medida que o menino ia crescendo, ia comprando peças novas para o Robô para terem a mesma idade e a mesma altura. E assim viveram felizes para sempre.


Texto elaborado pela Marta (3.º A), com o apoio dos pais

É bom ser amigo

Ser amigo é dar a mão
É dar o coração
É dar o nosso amor
Ilustração realizada pelo Tomás (3.º A)
com muito tenor.

E mesmo que ele esteja triste
E que não queira brincar
Para nós ele existe
E só temos de o alegrar

É bom ser amigo de alguém
em quem podemos confiar
É bom ter um amigo também
que nos possa ajudar

A amizade traz a paz
Um amigo tem magia
A amizade é capaz
de nos dar sabedoria.

Poema elaborado pelo Tomás (3.º A) com o apoio dos pais